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POR CAROL ROCHA

 

Não existe uma idade certa para cuidar da saúde, embora a ação deva começar o mais rapidamente possível. Segundo pesquisa, os brasileiros estão vivendo mais e com isso cresce também a procura por métodos que ajudem o corpo nesse processo de envelhecimento. Estima-se que em 2060 o número de idosos no país chegue a pouco mais de 58 milhões. Nesse período, a expectativa média de vida deve passar para 81 anos. Na atualidade, segundo dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, chega a 73,4. Buscando atender o público da melhor idade, o mercado tem criado novas técnicas e serviços especializados.

 

A fisioterapeuta Marcela Teixeira trabalha com idosos há algum tempo. Para ela, o sedentarismo coloca em risco uma boa qualidade de vida. Ela lembra que, por causa das dores, nem todos gostam dessa fase pela qual o corpo passa. "Essa época da vida chamam de melhor idade, mas nem todos os idosos acham isso. Por causa das perdas fisiológicas há desequilíbrio, perda da massa muscular e também uma diminuição do reflexo. Quando o idoso começa a fazer atividade física, observamos um ganho muito grande", afirma ela.

 

Problemas comuns observados na terceira idade, como, por exemplo, Osteoporose e Artrose, nem de longe se tornam impedimentos para a prática de exercícios. Pelo contrário, segundo a fisioterapeuta, o corpo reage de forma satisfatória quando é estimulado. E os benefícios são percebidos ao longo do tratamento. "Se o paciente desde sempre fez atividade física, a perda muscular é muito menor. Agora, se ele é sedentário e começa a fazer agora, o processo é um pouco mais lento, mas nunca é tarde para começar a praticar", diz Marcela.

 

O engenheiro Ruy Farias foi atraído pelo esporte aos 18 anos. Segundo os professores do espaço onde malha, ele é extremamente regrado. Na juventude fez remo, corrida e participou das aulas de futebol de salão. Em determinado momento da vida o ritmo foi desacelerando e já não se exercitava com tanta frequência. Foi nessa hora que o corpo começou a dar sinais de envelhecimento. Fazendo pilates e musculação ele encontrou a solução que pôs fim a dor lombar. "Percebi uma melhora enorme. Eu estou ficando viciado em esporte. Quando não faço exercício, sinto falta de alguma coisa. Pra cabeça foi maravilhoso e, lógico, pro físico também", relata o engenheiro. Segundo ele, as dores desapareceram desde que voltou à ativa.

 

O caso do engenheiro se repete. Diversos pacientes trocam o medicamento por práticas mais saudáveis. Em alguns casos, o exercício torna-se o grande aliado do remédio. "O exercício físico, claro, não cura tudo, mas é um auxiliador para os casos em que só o remédio não ajudaria. Até um certo ponto, o remédio só mascara a dor. Eu tiro a dor, mas não a consequência dela - que pode ter vindo pela inutilidade e pela falta do movimento. A cura vem com a fisioterapia, com o exercício e, sim, com o medicamento", explica a Dra. Marcela. 

 

Feliz com os benefícios trazidos pelos exercícios, o aluno afirma que fez as pazes com o espelho. "Eu não gosto muito de falar em idade, mas pra falar a verdade - com a minha idade - eu estou até bem enxuto", se orgulha Ruy.

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